Amanhã serei uma nova mãe

Por vezes, tenho a sensação de que sou péssima mãe. Ou que tomei uma decisão errada no trato com meus filhos. Ou que não nasci pra maternidade. Ou qualquer visão pessimista quando algo na relação com eles não deu certo – o que acontece com frequência maior que a desejada, já que gostaria que não ocorresse nunca.

Claro que tenho dias negros com relação ao trabalho, ao casamento, em outras situações. Mas como mãe, estou deixando marcas nestas pequenas pessoinhas e isso faz com que cada passo que dou com relação a eles pese mais. 

Ouço (e pratico) muito o discurso de que os filhos vêm para nos desafiar, em especial, quando são completamente diferentes de nós. Isso é lindo na teoria, mas na prática, nossa, como é difícil! É na maternidade que conhecemos de fato o conceito de empatia e a dificuldade que é entender o que o outro está sentindo. 
Meu caçula, com menos de dois anos, sendo uma daquelas crianças que
sentam no chão e choram quando contrariados. 
Quando eu era adolescente, lembro de fazer uma besteira qualquer e momentos (horas ou dias) depois, prometer a mim mesma mudar, ser “melhor”, sensata, ponderada, equilibrada. Me peguei querendo ser uma nova mãe.

Escrevo este pequeno texto no ímpeto, em um dia ruim, pois se deixar pra depois, acabará a inspiração. Sei que, como tudo na vida de mãe, os acontecimentos são em ondas e o lema é “vai passar”.