As Melhores Coisas do Mundo

Estava louca para ver As Melhores Coisas do Mundo:

Mano tem 15 anos, adora tocar guitarra, beijar na boca, rir com os amigos, andar de bike, curtir na balada. Um acontecimento na família faz com que ele perceba que virar adulto nem sempre é tarefa fácil: a popularidade na escola, a primeira transa, o relacionamento em casa, as inseguranças, os preconceitos e a descoberta do amor. Em meio a tantos desafios, Mano descobre e inventa As Melhores Coisas do Mundo.

Meu marido perguntou: “quer ver filme para adolescente”? Sim, pode ser encarado como filme para adolescente, mas acima de tudo, é filme sobre a adolescência. E um excelente filme, que recomendo a todos os pais e mães de futuros (ou atuais) adolescentes que assistam.

O filme foi inspirado na série de livros “Mano”, de Gilberto Dimenstein e Heloisa Prieto. Diretora (Laís Bodanzky) e roteirista (Luiz Bolognesi) fizeram uma ampla pesquisa com adolescentes de diversas escolas do universo retratado: a classe média. O resultado é um belo retrato da adolescência atual, com blogs, sms‘s bullying, e as angústias e aprendizados desta fase tão especial da vida. Adolescência é um tema sempre intrigante e confesso que tenho um pouco de apreensão do que me espera quando meus filhos chegarem a esta fase. Fico pensando como eles serão, e principalmente, como eu serei. Não que ser mãe de uma criança seja fácil – tem seus desafios diários. Mas eu já fui adolescente e digamos que não fui nada fácil…

Emocionei-me em diversas partes do filme e não deve ser só porque estou grávida. O bebê que espero é um menino, ou seja, serei mãe de dois meninos, e no filme, Mano, o protagonista, tem um irmão, e a história gira em torno de suas vidas. Com direito a lindos momentos da relação deles com a mãe…

Este é o terceiro filme da Laís Bodanzky, uma diretora que cruzou meu caminho no CineMaterna algumas vezes. O primeiro filme que meu filho “assistiu”, ainda nos “tempos de guerrilha” do CineMaterna, foi Chega de Saudade, seu longa anterior. Um mês depois do lançamento oficial do CineMaterna, o filme (escolhido pelo público) passou novamente no aniversário de 1 ano do Max, comemorado no cinema. Foi mera coincidência. Bodanzky comentou sobre o CineMaterna em um dos melhores e mais completos programas feitos sobre nós (veja aqui – aliás, reportagem feita no dia do aniversário do Max, em que passava Chega de Saudade – até hoje não sei se a entrevistaram porque o filme era dela). E eu vi a equipe de filmagem de As Melhores gravando uma cena do lado da minha casa. Só soube que era um filme dela porque a vi na rua. Deixei você confusa(o) neste parágrafo? Pois acho que é assim que me sentirei na adolescência dos meus filhos: muita informação cruzando meu caminho!