Bóra trabaiá!

A volta ao trabalho depois de ter um bebê é, para a maioria das mães, um momento delicado, emocional e logisticamente. Como vai ficar o bebê sem a mãe (e ela sem o bebê)? Com quem vai ficar o bebê? Se mama no peito, qual a logística com o leite materno? O bebê vai ficar em casa ou vai para uma creche? Afinal: a mãe vai sobreviver? Hehehe.

São muitas perguntas, muitas decisões, numa época muito rica em descobertas na relação mãe-bebê. Algumas conseguem esticar por mais tempo a licença-maternidade, mas nem por isso, a volta é menos dolorida. A ligação ainda é muito visceral.

E para nós, da CineMaterna, a despedida de uma mãe das sessões também é um momento marcante. Já aconteceu inúmeras vezes, mas eu não consigo deixar de sentir tristeza pela companhia que se vai. São histórias de vida que cruzaram nosso caminho e que alegram as sessões.

Semana passada, no Rio, uma mãe que veio em quase todas as sessões desde o lançamento, estava se despedindo. Volta ao trabalho esta semana, aos cinco meses de sua filha. A primeira vez que a bebê veio, era uma pequenina de 40 dias. A mãe estava tranquila com o retorno ao trabalho, mas com o coração apertado. Falou que vai virar funcionária-padrão, que vai cumprir rigorosamente o horário de saída. Por que a gente precisa de filhos para fazer isso, hein?

Curiosidade: tem uma russa que frequenta as sessões em São Paulo. Tempo de licença-maternidade na terra dela: três anos! E aí, vamos para lá?