Cinema, chuva e emoção

Fui enviada a Recife em missão especial pelo CineMaterna… conhecer a equipe e dar entrevista no jornal Bom Dia Pernambuco, da TV Globo. Eu como assessora de imprensa não gosto muito de dar entrevistas, mas Recife me atrai de uma maneira muito especial, sempre fui a trabalho e mergulhei de cabeça na cultura local e tive a chance de trabalhar com alguns nomes do Movimento Armorial, que tanto admiro.

Mas, como muita mãe diz… isso foi em outra vida. Hoje com dois filhos, voltei a Recife um pouco ansiosa. Isso porque quando o CineMaterna fez sua estreia na cidade em maio de 2010 e eu, que não fui enrolada que estava com o Jonas de três meses, não tinha me dado conta de quanto senti falta de não estar lá. O lançamento é o momento do nascimento do filho, é onde tudo o que planejamos toma forma e se apresenta. Ir conhecer a nossa equipe mais de um ano depois disso me deixou com a sensação de estar indo de encontro a um filho crescido, já caminhando. Pode parecer exagero, mas como era algo que eu estava sentindo me parecia enorme assim.

Carmen, Andaira e Letícia em movimento materno

Foi muito bacana ir ao encontro da nossa equipe, Carmem, Andaira e Letícia, e vê-las trabalhando com tanto carinho, organizando as tarefas, arrumando a sala, ansiosas na expectativa de receber mães de primeira sessão, acolhedoras, presentes, integradas e empenhadas para que a sessão seja um programa bacana e encantador. Fiquei ali, me sentindo mais em casa com as garotas de camiseta rosa, e a minha ansiedade foi dando lugar para a uma satisfação enorme, daquelas que a gente tem de ver que o filho desfraldou? Pois é… e foi no bate papo no café, que se formou uma mesa grande, com mães e bebês fugindo por todos os lados, que me atualizei do papo de mãe em Recife.


Sala repleta de engatinhantes
Mãe leitora do nosso blog curtirndo a sessão em família
Isabela à vontade na sala de cinema

Das mães presentes, uma em especial estava escalada pela equipe para falar na entrevista porque ela é uma das frequentadoras assíduas das sessões. Aline, mãe de Isabela. Ela, que é de São Paulo, morou em Joinville, onde conheceu o CineMaterna mas ainda não era mãe, gostou da história e foi logo escrevendo pedindo sessões na sua cidade… Isso em 2009, ainda não tínhamos nem ideia que chegaríamos tão longe… Ela foi à sessão em São Paulo, ainda sem bebê, e não perdeu o CineMaterna de vista até a chegada de Isabela no ano passado. E foi em Recife que ela pôde frequentar as sessões.

Avó antenada leva neto, Nicolas, ao cinema
Margareth candidata a usar a camiseta rosa
Ana Paula e Caio,
o cabeludo que me matou de saudade do meu Jonas
Geral do movimento das mães no Delta Café
Swenne e Matheus, foto especial para a Bruna,
coordenadora de Santos
A turma toda, Aline com a sua Isabela,
Ana Paula, Caio, Cinthya e Hannya Luz
Foi assim, repleta de todo esse sentimento que fui me organizando para voltar para casa. Como amamento, meus peitos estavam cheios de leite e com a emoção a flor da pele fui me despedir da equipe. Acho que levamos pelo menos meia hora para dizer tchau. Chovia a cântaros e eu, conhecida por ser sempre a última a ir embora, não deixei barato e fui ficando… Ainda bem, porque não perdi a chance de ouvir, quase embaixo de chuva, a Carmem tentando explicar porque estava ali, tão envolvida com o rojeto CineMaterna, falou de sua parceria com Andaira e falou de satisfação pessoal, valores e amizade, como se estivesse construindo algo, a arquiteta. Foi nesse ponto que eu consegui fechar meu ciclo de viagem e entender que estava diante dela, aquele pedacinho de mim mesma e enxergar a malha materna que nos une. Eu, “toco de enchente”, me deixei levar com a chuva, satisfeita.

Ana Quitéria, assessora da UCI,
nossa parceira na divulgação do projeto
Andaira, Alexandra (eu) e Carmem, girls in pink!
(Faltou a Letícia que estava no cinema)