É a mãe!

CineMaterna é só para mães? Por que não pensam nos homens? Pais também cuidam dos bebês!

CineMaterna não é uma experiência exclusiva de mulheres. Queremos que pais, avós, madrinhas e  amigos venham também. Todos são bem-vindos e acolhidos. Acreditamos na força agregadora dos bebês, que estreita os laços, que traz a família para perto.

Entendemos que a mulher que se torna mãe é, pelo menos nos primeiros meses, a protagonista da mudança familiar junto com o bebê. É ela quem gesta, é bombardeada por hormônios e sofre uma intensa transformação física e e emocional.

Toda grávida passa a ser desmemoriada. Dá à luz e passa os meses seguintes se recuperando da experiência mais profunda que uma pessoa pode passar. A mulher que vira mãe passa a ter outro corpo, que muitas vezes não voltará a ser o mesmo – e continua desmemoriada.

Seus seios, que já cresceram na gestação, ficam enormes (para a felicidade das “despeitadas”), jorram leite e passam a ter um bebê acoplado. Por horas a fio.

Para algumas, hemorróidas são heranças da gestação e do trabalho de parto. Ou uma azia antes nunca experimentada. E vasinhos rompidos nas pernas. Ah, claro, as estrias. Muitas. E mais celulite. Sem falar na pança. Assim mesmo: não é barriga, é pança.

Mães se solidarizam nas dores na coluna, nas tendinites que chegam com a amamentação, nos cabelos que caem aos tufos a cada banho. Mulheres que se encontram sem nenhum desejo sexual no pós-parto se apoiam. A vagina fica estranha, há uma tensão na primeira relação depois do parto. Sem contar a confusão sobre a “propriedade” dos seios.

Noites mal dormidas, sentimentos confusos sobre um amor arrebatador que às vezes some, olhares que parecem recriminar mães de bebês chorosos e uma angústia que se transforma em vontade de chorar tornam ainda mais intensos esses primeiros meses.

Desejos simples passam a ser almejados como presentes de Natal e aniversário juntos. Maquiar-se, produzir-se para sair, fazer as unhas, arrumar o cabelo. Estar com uma roupa bonita, sem manchas de golfadas. Tomar banho sem a tensão de que o bebê pode começar a chorar a qualquer momento. Dormir sem a tensão de que o bebê pode começar a chorar a qualquer momento. Comer sem a tensão de que o bebê pode começar a chorar a qualquer momento.

Claro que tem o lado do amor infinito que parece que vai explodir e do orgulho de ser responsável por um pequeno ser, da gestação a sabe-se-lá-até-quando.

Se você é mãe recém-nascida entende o que estou descrevendo e provavelmente tem itens a acrescentar à lista. E é por isso que ela merece toda a nossa atenção, cuidado e carinho.