“É nóis!”

Estamos comemorando: saiu hoje uma matéria sobre a gente na Folha de São Paulo. A Folha é um dos maiores jornais do país e tem muita visibilidade. O telefone da Alexandra, nossa assessora de imprensa não parou de tocar a manhã toda e rendeu duas entrevistas: uma para um jornal latino-americano e outra para Vitória, cidade que chegaremos ainda este ano. Aliás, o jornalista de Vitória gostou tanto do projeto que até já se ofereceu para ser coordenador de sessão, hehehe.

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Segue o texto da matéria, para quem não tem acesso ao jornal.

Uma sala do BARULHO
ONG CineMaterna promove sessões de cinema exclusivas para mães e bebês

Leticia de Castro
de São Paulo

Cinéfila precoce, a pequena Lara Patara, de quatro meses, assistiu à sua primeira sessão de cinema antes mesmo de completar o primeiro mês de vida. O filme era a comédia romântica “Caçador de Recompensas”. Ela dormiu na primeira metade e passou o restante da projeção quietinha, sentada no colo da mãe, a consultora de RH Gisele Patara, 36. Desde então, Lara já acompanhou Gisele em cinco eventos promovidos pela ONG CineMaterna, que organiza sessões exclusivas para mães e bebês.

Durante as projeções, o burburinho infantil e o corre-corre pela sala disputam a atenção das mães com os astros hollywoodianos na tela. “O choro não atrapalha. Desligo de tudo e até acho divertido o movimento de crianças e mães andando pelo cinema”, diz Gisele, que viu ontem, com Lara, o filme “Plano B”, na primeira projeção realizada no Shopping Anália Franco (zona leste). O shopping passa a integrar a rede de salas participantes do programa. A sessão reuniu 84 bebês e 120 adultos.

Idealizado pela administradora Irene Nagashima, 39, pela engenheira Tais Viana, 37, e pela jornalista Alexandra Swerts, 38, o projeto surgiu há dois anos. As três tinham acabado de virar mães e participavam de uma lista de discussão sobre maternidade. “Um dia, postei uma mensagem falando da falta que eu sentia de ir ao cinema. Algumas mães se animaram e decidimos arriscar uma sessão”, diz Irene. Era uma quarta-feira, sessão das 14h do filme “Juno”. A turma incluía 12 mães acompanhadas de seus bebês de até seis meses. “Fomos na aventura, sem pedir autorização para o cinema. A cada choro, a mãe saía da sala para não incomodar as outras pessoas”. Após a projeção, todos seguiram para o café e ficaram conversando por oito horas seguidas sobre as experiências da maternidade.

Depois de seis meses de encontros semanais com grupos cada vez maiores, o trio percebeu uma oportunidade de negócio na combinação mãe/bebê/cinema. Largaram os empregos, montaram a ONG CineMaterna e conseguiram patrocínios para promover sessões fechadas para esse público. Hoje, têm convênio com cinco salas de cinema em São Paulo, que fazem projeções adaptadas, com volume de som mais baixo e ar condicionado mais fraco que o habitual, além de disponibilizar trocador e monitores. Por semana, acontecem duas sessões na cidade, em salas alternadas, com preço do ingresso convencional.

Outras dez cidades do país recebem os serviços da organização. “A ideia é prestar um serviço para a mãe, para que ela possa se divertir com o filho e trocar experiências com outras mães”, diz Irene.

A programação está no site www.cinematerna.org.br.