Entre o passado e o futuro
Faz 10 anos que sou mãe. Não sei se é o número, uma década, ou o tamanho do menino, mas impressiona. Olhar para trás e lembrar que ele foi gestado em meu ventre, recordar as ansiedades pré-nascimento e o puerpério de primogênito – sobreviver a um dia, entender o amor que é acompanhado da angústia de achar que a vida não voltará mais aos eixos.
Um filho com 10 anos, mãos e pés do tamanho dos meus, com vontades próprias, mas ainda aproveitando o aconchego dos meus braços (e eu, o carinho dele).
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Max aos 3 meses e agora, aos 10 anos |
A cada aniversário eu paro, dobro a idade de meu filho e penso no futuro. Dos 10 anos, pulo para os 20. Um homem feito! Quem será ele? Estará fazendo faculdade? De quê? Quem serão seus amigos? Como será a nossa relação? Quais serão seus gostos, seus afetos, suas posições?
Não cessa de me espantar a velocidade do crescimento, as mudanças de fase, de gosto, de brincadeiras. Fui olhar fotos para ilustrar aqui e me deparei não apenas com filho pequeno, mas mãe e pai dele diferentes também. Quem eu era naquela época e o que mudou? Como serei e onde estarei daqui a 10 anos?
Se você está com um bebê nos braços, naquelas horas mais difíceis, tente lembrar que passa rápido. Se perder a paciência, está tudo bem, da próxima vez você começa de outro jeito e tenta fazer diferente. E não é porque estou dizendo isso que será mais fácil.