Estrutura compartilhada

Eu trabalho boa parte do tempo em casa. Saio para as sessões e reuniões e viajo para as cidades de vez em quando. Por isso, optei por deixar o Max, meu filho – que ainda não tem dois anos, em casa, com uma babá, a Josi.

Taís tem a vida parecida com a minha e estrutura semelhante em casa. Nós duas moramos a algumas quadras de distância, temos filhos da mesma idade (nos conhecemos grávidas) que se vêem praticamente todos os dias, para brincar.

Ontem, a babá da Taís faltou. A Aninha, filha dela, passou o dia aqui, com Max e a Josi, enquanto trabalhávamos. Tinha a empregada para dar suporte, se necessário. Hoje, a minha empregada vai faltar também, assim como a babá da Taís. O jeito vai ser deixar as crianças com a Josi, na casa da Taís, que tem empregada lá. Nós temos reunião, passaremos a manhã fora… Gostei da solução que encontramos, para não entrar em pânico com os desfalques.

Somos privilegiadas por morar em um país onde ter uma estrutura em casa não é algo absurdo, nem cultural, nem financeiramente. Claro que não é barato, nem deixa de ser um dilema a questão de quem vai cuidar do filho – aliás, assunto que dá pano prá manga!

Vida de mãe não é fácil, pois quando a estrutura falha, raramente é responsabilidade do homem lidar com o imprevisto. Muitas vezes eles ajudam, sim, e claro que há exceções. Não estou reclamando, nem denunciando ou reivindicando, apenas constatando.

Vou parar de escrever, pois ainda tenho que tomar café, lavar a louça, tomar banho, sair com as cachorras, para então, ir para a reunião!