Instinto materno é feminino?

Quando Eric era bem pequenino, Max, irmão mais velho com três anos, não dava muita bola para ele. Não teve grandes crises de ciúmes. Basicamente ele ignorou a existência do irmão caçula por duas semanas e depois o aceitou. Ainda sem grandes demonstrações de afeto ou camaradagem.

Max, 3 anos e Eric, quando tinha 2 meses

Não sei se é coisa de menino, mas Max nunca pedia para segurar o irmão no colo. As amigas dele, em compensação, é o que mais pediam: segurar um bebê no colo. Primeiro foi com o Jonas, filho da Alexandra, e agora que ele cresceu, é com o Eric. O próximo na fila é o Rafael, bebê na barriga da Gláucia.

Max não ligava para o irmão, mas bastava uma menina pedir para segurar o Eric no colo, que imediatamente ele sentava do lado e pedia para fazer o mesmo. Observei a diferença entre ele e a Aninha, filha da Taís, que tem a mesma idade do Max.

Primeiro ela: já dispos os braços em formato de concha para receber o bebê. Só ajeitei um pouco e soltei o bebê. Ela, feliz, ficou alguns minutos com ele.

Depois ele: braços largados, fui ensinando como segurar, ajeitando aqui e ali. Todo desengonçado, nem prestava muita atenção no que eu falava. Dali a menos de um minuto disse: “cansei!”, e levantou os braços, dando-se por satisfeito em seu carinho fraternal.

Helena, na fila para segurar o Eric,
Aninha com o bebê no colo com auxílio da mãe, Taís.
Ah, e o Eric, sem certeza se gosta de ser cobaia de instintos maternos

Não pude deixar de pensar que as meninas não brincam de boneca à toa.

Em tempo: hoje, basta Max e Eric se olharem para ambos abrirem um enorme sorriso. A paixão entre irmãos é sublime…