Partida
Estava conosco desde o início do CineMaterna, da época em que éramos apenas algumas mães que iam ao cinema com seus bebês. Como já era um amigo pessoal, quando fomos barradas no cinema uma certa tarde, pedi a ele para intervir junto à rede de cinemas.
Dali pra frente, seguimos juntos.
Começou dando suas opiniões sobre os filmes, da perspectiva de uma mulher sensível, recém-parida. Acertamos muitas vezes, erramos outras. Apresentou-me a algumas distribuidoras de filmes para que eu pudesse ter acesso aos título antes de eles estrearem, as chamadas cabines. Até que veio trabalhar oficialmente no CineMaterna como colaborador, elaborando semanalmente as enquetes.
O ruivo que só andava de bermuda e camiseta, mesmo sob frio intenso, Christian Petermann era o nosso crítico de cinema. O orgulho era mútuo.
Mas aí veio a vida, com seus duros golpes.
Com imensa tristeza comunicamos o falecimento, nesta terça-feira, 3/5, do crítico de cinema Christian Petermann. Parceiro afetivo do CineMaterna desde a sua fundação, em 2008, Christian decidia que títulos podiam entrar em enquete. Sim, as enquetes que ajudam a definir a programação do CineMaterna na sua cidade. Amanhã, quarta-feira, era dia de trabalharmos juntxs. Vai ser uma manhã esquisita. Silenciosa. Doída. Christian, siga em paz. Sentiremos saudades. E, principalmente, gratidão pela tua companhia.
Assim, de repente. Deixa um enorme vazio no coração.
Posto aqui uma foto tirada há uns 15 anos, em que, ironicamente, ele veste calça comprida. Christian tinha paixão por esta minha cachorra (uma bola de pelos preta, chow chow), que se chamava Gong Li, uma atriz de cinema, chinesa, famosa nos anos 90. A cachorra, que não era afeita a grandes gestos de carinho, ficava extremamente feliz na presença dele e o lambia, lambia muito.
Ah, Christian, fico tranquila porque sei você terá uma bela companhia no céu.
Irene, meus sentimentos pela perda de seu grande amigo Christian. A dor é imensa e supera o vazio deixado na alma. A vida tem essas surpresas que nos deixa de coraçāo partido. Fique em paz!
Oi Flávio, obrigada! Esse ciclo da vida, às vezes, é tão difícil!
Grande beijo,
Irene