Quantos graus de parentesco duas pessoas podem ter?
Acho até legal as pessoas acharem que a equipe da CineMaterna é uma grande família, mas tem horas que exageram.
O mais comum é perguntarem se eu sou irmã da Irene Nagashima, como se japonês fosse tudo aparentado (meu primeiro sobrenome é Hashimoto).
Por conta das madeixas, também já perguntaram se sou irmã da Alexandra Swerts, com quem compartilho apenas o sobrenome complicado (no caso, meu último sobrenome, Rockenbach, “presente-sem-comentários” do marido).
Também já perguntaram se sou prima da Gláucia Colebrusco. Essa, não sei nem dizer de onde tiraram.
O pior é que minha irmã de fato trabalha nos bastidores do CineMaterna, mas combinamos d’ela usar o sobrenome de casada para não dar muito na cara. (não contarei quem é, só para fazer charminho)
Em um episódio inesquecível, ocorrido obscenamente cedo no aeroporto de Guarulhos/SP, uma atendente de café dispara “Você é mãe dela?” No caso, “você” era eu e “ela” era Irene, dois anos mais velha que eu… Eu estava acabada de sono, com um penteado estranhamente lembrando a alguma apresentadora de programa feminino, por isso demorei para articular um “não” seco. E não é que a atendente, não satisfeita, continua “Mas parentes, vocês são, né?”. Desisti, peguei meu café e sumi.
Mas o cúmulo mesmo aconteceu dia desses, quando estive em Brasília para o último lançamento na cidade. Chegando ao hotel, o recepcionista educadamente pergunta se gostaríamos de duas camas de solteiro ou uma de casal… Olhei para a Irene, respirei fundo e respondi “moço, não somos tããão amigas assim”. Tudo bem que ele foi super politicamente correto, mas, poxa, tá achando que eu sou marido e pai dos filhos dela??!! É ruim, hein?
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Parte da “Família” CineMaterna, a partir da esquerda: Vó (eu, credo) Taís, tia Alê, filha Irene, neto Eric, primas Gláucia, Débora e Tati. Foto: Karin Michels |