Reaprendendo a nadar

Pandemia. Quarentena. Distanciamento social. Coronavírus. Isolamento. Quantas palavras “novas” em nosso vocabulário de quarenteners. Não apenas palavras, hábitos tão contrários aos da nossa cultura, que inclui muito abraço e toque. 

O toque de isolamento foi repentino. Nos vimos subitamente sem acesso: à escola, aos serviços, aos ajudantes, aos que amamos. A maioria mergulhada no caos de pensamentos causados pela incerteza do futuro. O que parecia ser provisório, transformou-se em permanente. Rotinas interrompidas, em necessidade de reorganização. E medo, muito medo, com rompantes de raiva, de indignação, de tristeza. Algumas alegrias pipocando aqui e ali. Fomos forçados a conviver com a constante incerteza e encontrar saídas dignas, na medida do possível. 

Aqui, no CineMaterna, a quarentena bateu forte. Sem sessões e sem previsão de retorno, passamos por diversos estágios, entre a tristeza e o desespero, passando pela saudade. Tivemos momentos de alegria com as manifestações de apoio e carinho do público (obrigada!). É muito difícil manter a lucidez e a racionalidade diante do quadro assustador que se forma, em diversas esferas da vida. 

Desde o início, decidimos lutar para atravessar o lago sob a tempestade, mesmo sem a certeza de que saberíamos nadar. Olhamos para o nosso propósito e seguimos em frente. Tivemos um primeiro momento de “desespero desgovernado”, quando demos braçadas sem estilo, sem saber para qual lado seguir, e percebemos que esquecemos de respirar. Aí, encontramos uma boia e entramos na segunda etapa, quando entendemos a necessidade de enxergar a outra margem para saber para que lado seguir. Começamos a nadar melhor, em linha reta. Agora, no terceiro e mais estável momento, vamos começar a “nadar de braçada”, como dizem. 

Começa hoje uma nova comunicação do CineMaterna, com muito conteúdo alinhado aos nossos princípios e com nosso olhar para a maternidade no puerpério. Se não podemos acolher as mães pessoalmente, que seja neste lugar virtual tão vasto e repleto de possibilidades. Queremos vê-la por aqui! ❤️

#CineMaternaInstitucional