Vida profissional questionada
Eu estava lendo a Folha de hoje, no caderno do The New York Times, quando me chamou atenção uma notícia intitulada: Batalha no local de trabalho: mulheres se intimidam mutuamente. A matéria fala sobre a liderança feminina no mundo corporativo e intimidação no trabalho. Imagine que 40% dos intimidadores são mulheres, sendo 70% do alvo, mulheres também! Vou reproduzir um pequeno trecho:
Especialistas em liderança se perguntam se as mulheres estão sendo “excessivamente agressivas” porque há oportunidades de menos para o seu avanço, ou se isso é um estereótipo, e existiria na verdade apenas uma percepção de que as mulheres estão sendo agressivas.
Uma pesquisa da entidade sem fins lucrativos Catalyst sobre estereótipos dos gêneros sugere que, não importa como as mulheres escolham liderar, em geral se considera que elas “nunca estão certas”. Além disso, segundo o estudo, as mulheres precisam se empenhar o dobro dos homens para alcançar o mesmo nível de reconhecimento e provar sua capacidade de liderança. “Se as líderes empresariais mulheres agem consistentemente com os estereótipos de gêneros, são consideradas brandas demais”, concluiu o grupo em um estudo de 2007. “Se elas vão contra os estereótipos dos gêneros, são consideradas duras demais.”
Eu já trabalhei neste mundo e confesso que só de ler, fiquei cansada. Mundo corporativo não é fácil para ninguém, seja homem ou mulher.
Tenho cruzado com muitas histórias de mulheres que mudam o rumo de sua vida profissional ao vivenciar a maternidade. Umas saem do meio corporativo e abrem seus negócios, outras resolvem dar um tempo na carreira para se dedicar ao(s) filho(s), outras mudam completamente o foco. E da mesma forma que conheço as pessoas que mudaram suas vidas pós-filho, tenho amigas que apenas reafirmaram o quanto curtem a sua carreira e que voltaram muito felizes para o seu trabalho. Nem todas podem abrir mão de seus empregos, mas em comum, temos o fato de que a maternidade nos faz refletir sobre nossa vida profissional: algumas passam por mudanças radicais, outras simplesmente mudam o horário de entrada ou saída do trabalho, estabelecem limites. Independente do que buscamos com a mudança, a maternidade traz o questionamento para muitas de nós, algo que considero saudável. Eu acho que isso é parte do chamado “instinto maternal”.
Sinto muito claramente uma necessidade de focar minha vida profissional. Vou fazer só o que gosto, em meio expediente. Esta é a meta!
até!
Mariana Kapps
comigo foi assim: desacelerei, mas não parei. mas diminuir o tempo de trabalho para curtir o filhote foi fundamental, e não tem dinheiro que pague…
Olá Irene, Boa tarde…
Parabéns pelo post, esse realmente é um tema muito importante, tanto pra quem é mãe quanto para quem pretende ser…